Crítica ao desabuso noturno

Olhos semicerrados

Choram a noite hipócrita

Que seduz almas puras e inconscientes

A inocência se desfaz

Na puberdade do pensamento

Depositado na tarefa descortês

De despir os que são legionários da noite

E a mesma, se apresenta nua

Em tempo bom,

A vigiar os amores finitos

Como ela própria,

Finitos em corpo,

Infinitos em fim de novelas.

Novelas que distraem

Aqueles que venceram o hipnotismo lunar

Que driblaram a embriaguez desleal da treva que

Cheira a jasmim e tem um toque fino de vinho tinto.

A fascinação que essa tal noite causa

Se compara a mordida da boca mais virgem

Se compara ao sabor do pecado mais desejado

Que se dissipa ao ser tocada

Pelo primeiro raio do impossível sol

Dell de Azevedo
Enviado por Dell de Azevedo em 17/07/2010
Reeditado em 29/06/2011
Código do texto: T2382480
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