Simples?
 
Pensei que fosse
Num ímpeto então cresci
Eu quis as rosas, quis as cores,
em todo sonho, em cada ato.

Mas o que eu não sabia...
É que não era tão simples
Ah! Eu sempre pensei que fosse
Possivelmente muito antes
Houvesse eu renascido
Da impaciência dos meus medos
Consumidos sem conta no vazio
Não...O simples que tanto guardei
Partiu na alvorada do arremedo
De modo infantil, sem resistência.
E numa fria manhã eu retornei
A o degredo, de onde um dia eu parti.
Pois muito antes de ser intensa
Gastei o explicável em ausências de ti
E numa frase a única melodia
Deixou sem rimas a última poesia
Embutida em momentos que dividi
Com jeito menino, frágil ânsia e heresia.
Vão chegar sem tempo...
Quando souberes que guardei
O inevitável para absolver
Deste vitral...A figura que construí
Tudo que um olhar cala a devolver
Tão simplesmente veio abreviar
Recomendar que não nasci
Pra consumir o amanhã que inventei!
 
                    ***
16/07/2010
IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 16/07/2010
Código do texto: T2381853
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