Indefinição...
Ah! - inconsistência da vida!
Esse vai e vem que não cessa
E que a tudo engole!
Por que será que plantamos feridas
Que não mais fecham?
Por quê?
Por que esse silêncio encarcerado
Nessa alma cansada?...
O que sou?
O que sei de mim?...
Ah!, fragmento de eternidade
Que não vê sequer
A fila dos dias que passam!
Nem mais sobra tempo
Para contar os mortos
Que
No anonimato
E em quieto comboio
Seguem para a noite eterna!
Apenas pequenas marcas
Ficam alimentando os mistérios
Que a própria vida coleciona...
Quem sou eu?
Vinhedo, 14 de julho de 2010.