Indefinição...

 

Ah! -  inconsistência da vida!

Esse vai e vem que não cessa

E que a tudo engole!

Por que será que plantamos feridas

Que não mais fecham?

Por quê?

Por que esse silêncio encarcerado

Nessa alma cansada?...

O que sou?

O que sei de mim?...

Ah!, fragmento de eternidade

Que não vê sequer

A fila dos dias que passam!

Nem mais sobra tempo

Para contar os mortos

Que

No anonimato

E em quieto comboio

Seguem para a noite eterna!

Apenas pequenas marcas

Ficam alimentando os mistérios

Que a própria vida coleciona...

Quem sou eu?

 

     Vinhedo, 14 de julho de 2010.

Benevides Garcia
Enviado por Benevides Garcia em 14/07/2010
Reeditado em 10/06/2016
Código do texto: T2377168
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