[Medo intitulado]

Se pudesse contar nos dedos

Quantas vezes por medo

Na vida parei,

Amigos se foram,

Meus amores onde estão?

Não lembre, não chore

Não fale mais, meu bem.

Apenas me abrase nesta tarde

E deixe tudo passar

Da solidão pra quase nada

Arriscar na vida, depois bater em disparada

Na corda bamba da razão entre o tudo e o nada.

Mas se quiser dizer adeus amanhã de manhã

Por mim... Tudo bem. Meu bem,

Ainda guardaria cada foto obscura

No baú de minhas lembranças

Olhares distintos, fugazes, sacanas

O silêncio do quarto

Ótimos sons preenchendo o espaço

Teus poros em minha pele suando pra mim

O compasso, a dança, o vai e vem dos quadris... Disritmia

Segredos sagrados, guardados, esquecidos pelo tempo

Perdi a conta, faltaram os dedos.

Droga!

Mais uma vez novos medos.

Rubens Piedade
Enviado por Rubens Piedade em 13/07/2010
Código do texto: T2374246
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