[Medo intitulado]
Se pudesse contar nos dedos
Quantas vezes por medo
Na vida parei,
Amigos se foram,
Meus amores onde estão?
Não lembre, não chore
Não fale mais, meu bem.
Apenas me abrase nesta tarde
E deixe tudo passar
Da solidão pra quase nada
Arriscar na vida, depois bater em disparada
Na corda bamba da razão entre o tudo e o nada.
Mas se quiser dizer adeus amanhã de manhã
Por mim... Tudo bem. Meu bem,
Ainda guardaria cada foto obscura
No baú de minhas lembranças
Olhares distintos, fugazes, sacanas
O silêncio do quarto
Ótimos sons preenchendo o espaço
Teus poros em minha pele suando pra mim
O compasso, a dança, o vai e vem dos quadris... Disritmia
Segredos sagrados, guardados, esquecidos pelo tempo
Perdi a conta, faltaram os dedos.
Droga!
Mais uma vez novos medos.