A musa que me inspira
Andar lento...
Passos medidos...
Olhos que já não enxergam...
Mãos que já não têm tanta firmeza...
Meu tempo já chegou!
Minha juventude ficou para traz,
Num passado por nada marcado,
Pois tudo foi muito pensado, portanto,
Não agi por incerteza,
Não sentindo assim, o gosto do proibido.
Quando criança fui quieto, tímido, medido.
Quando jovem fui diferente, não fui igual aos outros.
Agora sou frustrado.
Ainda penso, mas isso de nada me adianta.
O tempo? Esse não volta!
Meu passado? Estou esquecendo!
Minha juventude? Já foi pedida!
Meus sonhos? Já não me significam nada.
A morte? È a musa que me inspira,
É quem me acalma, na já calma madrugada.
Quero agora o seu canto entoar
E dessa farta vida, enfim me despedir.
Dsoli