Porque

Porque não cravas logo uma espada em meu peito

e acabas de uma vez por todas esse meu martírio?

Porque tens que definhar-me lentamente a sangue frio?

Porque tens que despetalar-me a alma como quem

desatentamente faz superstição em uma rosa qualquer,

dizendo sem pensar: bem me quer, mal me quer?

Porque não me deixas alçar o voo livre da solidão?

Se cá, contigo, já não existo; já não tenho razão...

cristovam melo
Enviado por cristovam melo em 28/06/2010
Reeditado em 28/06/2010
Código do texto: T2345442