O Emissário
Disseram que estou amando
Amando eu?
De quem? Pergunto-lhe...
Como poderia, respondo
Se estou perdido de mim
Vomito dissabores nos dias
E saboreio a volúpia na noite
Quem ama sofre? Por quê?
Se o amor é sublime
Meu claustro vazio me enche
E incho meu ego de urtigas
Ao afundar no cálice de fel
E nada. Nado em busca de arte
Enquanto escolho a melhor face
Obrigado, é apenas um disfarce
Preciso fugir de mim, do espelho
Que tira-teima com os tempos
Corro, escorro-me. Socorro!
Quero aprender a amar-me
Entre soluços de risos rasos
Sobre desgostos profundos
É assim o meu alento
Quisera estivesse amando
Inda que fosse o arauto
A mando do verbo amarte
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V I S I T E