Amargo mel



Nostálgico...Está... o meu ser...
Anestesiado, adormeceu em dor
O vazio da Alma chama pesadelos
Que levam ao abismo os meus sonhos de amor...

Rasgou o véu... Esbanjou féu...
Entristeceu a flor, amargou o que era mel
Transformou meu jardim em campo minado
Jogou pelos ares um Amor que te era sincero e fiel

O Amor sonhado e tão almejado
Despenhou ao nada de um olhar carnal
Desmoronou o castelo... Se desfez a magia
Tudo se perdeu porque pra você era só fantasia

Hoje, nem lágrimas tenho...
Secaram, abafadas pela desilusão...
Sigo juntando os pedaços do meu coração
Vou colando com esperança, p'ra combater a solidão...

Flor da Vida



Meu amigo poeta, ANTONIO GOMES, me presenteou
Com uma magnífica poesia que diz assim...

Nessa Solidão

É assim que te sinto, distanciada, sozinha,
Ao encher meus olhos em rios de lágrimas...
O que escreveram de uma lágrima minha
Tornam-se prantos vertidos nessas páginas...

E que nesse dia, melancólico e profundo,
Em que vivo, sem o amor de um encanto
Certamente, que ao entrar pelo teu mundo
Solitário, ermo, vou vivendo, entretanto...

Chove... Esperanças, renascem, morrem...
Assim estou, ao sabor, desse tempo até então
Enquanto a chuva cai, e as lágrimas escorrem,
Faço desse sonho, um alento ao coração...

Vagueio em meus sonhos... Vou te buscando...
Ouço brindes, ouço risos, afagos e cantoria,
Imagens de amor que por mim está passando
A chuva molha tudo, e certamente prenuncia...

Enquanto penso nesta mágoa, nesta tristeza,
Nas nostálgicas lembranças das madrugadas
Do amor que dediquei com tamanha certeza
A chuva destrói, esse amor nas enxurradas...

Antonio Gomes


IMAGEM GOOGLE