Insensibilidade

Ía pela estrada afora

À cata de sonhos que me fizessem sorrir

E que me trouxessem uma nova aurora...

Pelo caminho desvendei insondáveis mistérios

Que camuflam a realidade do nosso cotidiano

E que se alastram pelo mundo em todos os hemisférios!

O sorriso ficou truncado pelos desenganos

E pela hipocrisia que governa nossos dias,

Nada há de novo com o passar dos anos

E só se permuta a máscara para cultivar-se novas alegorias.

A aurora que surge em cada amanhecer

Está velha, rasgada, carcomida, nociva, rabugenta...

Tudo o que de novo se tenta

É um reprise atrofiado em que não há prazer

E a esperança anda longe do desejo de renascer!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 16/06/2010
Código do texto: T2322654
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