Insensibilidade
Ía pela estrada afora
À cata de sonhos que me fizessem sorrir
E que me trouxessem uma nova aurora...
Pelo caminho desvendei insondáveis mistérios
Que camuflam a realidade do nosso cotidiano
E que se alastram pelo mundo em todos os hemisférios!
O sorriso ficou truncado pelos desenganos
E pela hipocrisia que governa nossos dias,
Nada há de novo com o passar dos anos
E só se permuta a máscara para cultivar-se novas alegorias.
A aurora que surge em cada amanhecer
Está velha, rasgada, carcomida, nociva, rabugenta...
Tudo o que de novo se tenta
É um reprise atrofiado em que não há prazer
E a esperança anda longe do desejo de renascer!