Muito mais
Ninguém me espera em nenhum lugar.
Estou entregue a minha falta de escolhas.
Caminho à esmo, sem maiores despedidas,
pranteio as dores das velhas feridas,
mas persisto na ida, não posso parar.
O tempo que for dado é o que viverei.
Se houver algum dia, aonde eu possa ir,
se houver um carinho que eu possa sentir,
é lá, no cansaço das buscas, que estarei.
E se a minha sina contemplar o acaso,
num desejo sincero sem exigência de prazo,
a chegada será muito mais do que sonhei...