Pedestal em Ruínas
O sorriso que leviana de mim arrancaste
Anda perdido em páginas velhas e desbotadas
Costuraste o silêncio nesta pálida face
Que o tempo deixa suas profundas trilhas
Apodrecendo com o tirânico orgulho
Lembranças que dançam em cotorções bizarras
Desejos mutiladores de mais puro desespero
Uma queda sem fim na tristeza me amarras
Por que me elevaste tanto?
E depois fugiste a levar toda alegria
No chão frio meu corpo agonizante a sangrar
Murmurando maldições pra ti
Apunhalado foste os tolos sonhos de um sonhador
E sigo aos anos atado em correntes de infortúnio...