PESADELO

Os doces acordes de ontem, me ferem como o fio de uma navalha.

Ontem eu agradecia a Deus pela paz interior,pelo amor vivido que me dava forças para enfrentar os problemas diários que surgem no trabalho,no stress do cotidiano normal dessa era que nos enontramos.

Quero chorar,mas nenhuma lágrima desce,está refém na minha veia,em algum lugar do meu corpo...

Me sinto uma idiota.Me pergunto quando vou aprender a discernir o verdadeiro artista que por uma temporada atua e representa no teatro,daquele que mascara sua verdadeira identidade no palco da vida.

Ah!Se eu fosse mais racional,não reagiria assim aos desenganos da vida.

Quero estar neutra,quero estar em um lugar onde ninguém pode me atingir.

Se em todo recinto existe uma saída de emergência,onde fica quando o coração em brasa se encontra e prestes está a explodir me colocando em situação de risco total.

Minha voz é muda.Um calar que sangra...

Não quero pensar.Me nego a fazê-lo.Pensar me leva a lembrar tudo que quero esquecer.

Já sei!!Dormir é a solução.

Pois acordada emito palavras e desabafo frases,ou desenho as letras que unida a outra formará uma palavra que se tornará uma frase em uma folha qualquer de papel,e assim pior será, por que amanhã terei a oportunidade de ler e reler o desabafo de ontem.

Que me envolva a inércia.Que as taças de vinho façam efeito de uma embriaguez que me faça dormir e assim,quem sabe ao acordar pela manhã,tudo que farei será dar muitas risadas e sorrir de felicidade por saber que todo o sofrimento vivido,não passou de um pesadelo de uma noite mal dormida.

Adriamar
Enviado por Adriamar em 10/06/2010
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