O tempo e o espaço

Eu sou a angústia do tempo que passa...

Que põe estrelas em movimento

E que colide enormes massas.

Mesmo tão leves como o sopro do vento...

Tempo inexistente quando ancorado

Em cada coração persistente

Que só conhece ilusão e passado

Sem saber de tantos mundos diferentes...

Eu abro meu peito no gume da faca

E tantos outros, assim, iguais ao nada

Nas mãos, só retenho o presente

Passado, futuro é o espaço que me mata...

Regurgita esperança no viver

Quando devorávamos nossos seres

Desfiando belos futuros prazeres

Os quais acreditávamos querer

Sou, serei, talvez te faças ver

Não sei, se fui, há de ser

Distância borrada como sonho

Leva-me num riso tristonho...

Gabriel Tosquera
Enviado por Gabriel Tosquera em 07/06/2010
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