CARNIÇA

E este cheiro de podre

Pairando no ar,

Sufocante,

Quase não consigo respirar;

Traz a lembrança de

Uma vida sofrida,

E uma morte que

Relembra a vida.

Vejo as moscas

Cobrindo o corpo,

Depois gusanos

Consumirem a carne,

Urubus que

Destroçam entranhas;

E ao pó

-tudo que vive-

volta.

Estás morto e

Nada mais te importa,

Nem o seu cheiro

Que tanto me incomoda.

Estavas condenado

Desde menino,

A ignorância foi o seu

Cruel assassino.

O8/06/05

Denis Almeida
Enviado por Denis Almeida em 31/08/2006
Reeditado em 20/05/2009
Código do texto: T229891
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