O trem passou... Não embarquei...
Adiei tantas coisas
A eterna desculpa do “depois”
Deixando sempre para amanhã
Um amanhã que nunca chega
Reclamando da sorte
Culpando o destino
Trocando o certo pelo incerto
O útil pelo inútil
Enfim...
Adiei minha vida e hoje vivo
das lembranças daquilo
que um dia imaginei ou
sonhei ser e não fui
Viagens sem partidas
Idas não idas
Feridas doloridas
Poderia ter sido tudo tão diferente
Não fosse eu tolhido por tantos medos
Um arremedo daquilo que poderia ter sido
Se do tanto que não me amei
eu tivesse me amado
ao menos um pouco,
com certeza, hoje seria outro...
- Roberto Coradini {bp}