Faces de porcelana
Hoje me perguntam por que sou tão calado,
Inseguro, indiferente e assustado.
E por que essa solidão, tendo tanta gente à minha volta,
Às vezes sinceras, tendo mais que um sorriso esboçado
E meia dúzia de palavras afáveis.
Ou então mordazes, te dando mais
Do que o mundo lhe oferece,
Só para depois pedir em dobro,
O que você já deu a eles mesmos.
Deixando-te sem esperanças e amor próprio,
E com medo de olhar nos olhos e de aproximar-se,
Por temer que as carícias sejam dolorosas como a descoberta.
De que por traz de espessas camadas de pétalas,
Haja espinhos que ferem terrivelmente.
Quem ainda não se deu conta de sua presença,
Ou não sabe manuseá-las.
E quando a feições são tão sem vida, quanto máscaras de porcelana,
Você se encolhe no canto escuro do seu quarto,
Esperando que a luz do sol chegue até você.
Ouvindo o barulho dos automóveis e os pássaros que cantam ao ar livre,
E seguem o compasso dos que estão enjaulados,
E cantam por conveniência.
Hoje me perguntam por que sou tão calado,
Inseguro, indiferente e assustado.
E por que essa solidão, tendo tanta gente à minha volta,
Às vezes sinceras, tendo mais que um sorriso esboçado
E meia dúzia de palavras afáveis.
Ou então mordazes, te dando mais
Do que o mundo lhe oferece,
Só para depois pedir em dobro,
O que você já deu a eles mesmos.
Deixando-te sem esperanças e amor próprio,
E com medo de olhar nos olhos e de aproximar-se,
Por temer que as carícias sejam dolorosas como a descoberta.
De que por traz de espessas camadas de pétalas,
Haja espinhos que ferem terrivelmente.
Quem ainda não se deu conta de sua presença,
Ou não sabe manuseá-las.
E quando a feições são tão sem vida, quanto máscaras de porcelana,
Você se encolhe no canto escuro do seu quarto,
Esperando que a luz do sol chegue até você.
Ouvindo o barulho dos automóveis e os pássaros que cantam ao ar livre,
E seguem o compasso dos que estão enjaulados,
E cantam por conveniência.