Lágrimas Rubras*

Fui inocente ao acreditar
em um amor não existente
Minha insolência foi que me guiou
e meus passos seguiram caminhos ardentes
Vi felicidade onde só havia dor
Deixei para trás ventos suaves, meu conforto e paz
para buscar meu falso amor.

Meu coração se iludiu
com palavras doces e falsas promessas
E em uma noite estranha fugiu
e com minha inocência aguardava uma festa
E de repente meus olhos se fecharam
mesmo estando abertos
Então as ilusões surgiram.

O medo tomara minha alma
mas nada mais podia ser feiro
Em pequenos refúgios
buscava minha calma
Mas depois descobri
que não havia mais jeito.

Meus olhos passaram a buscar a realidade
e tudo se tornava branco, cinza e preto
pela lembrança, pelo presente e pelo futuro
E as cores que cobriam as paredes
eram das minhas lágrimas rubras.





*O poema "Lágrimas Rubras" teve como inspiração uma passagem do único romance de Emily Brontë chamado Wuthering Heigths (O morro dos ventos uivantes), tradução de Raquel de Queiroz, página 145 á 154-capítulo 13 da obra. Nestas páginas encontra-se uma carta escrita pela personagem Isabella para Ellen, governanta da sua antiga casa, ela relata à empregada e protetora como passou a ser sua vida após seu casamento com Heathcliff.
Dayanne Lima
Enviado por Dayanne Lima em 30/05/2010
Reeditado em 06/12/2010
Código do texto: T2289142
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