ILUSÕES

Espalhei no chão das ilusões
O tapete da fina realidade,
refletindo as intenções,
caiu sem alarde, sombrio, sem maldade.

Nele vi estampados todos os planos,
os sonhos, os erros, acertos,
tentei renovar aspirando todos enganos,
porém no final, restaram só desacertos.

Sentei no centro do tudo ou nada,
as ações condenavam-me à solidão,
no tapete, esparramada a realidade malsinada,
chorei o choro do "não", decidi então viver só ilusão.

ANDRADE JORGE
10/08/06