DELÍRIO

A esperança em um canto caída

Muito enferma, mas nunca morta

Mesmo quando o desanimo bate á porta

Vem a vontade sempre a procurar saída

Quando a fome das vestes despida

Ungida pela fé que em si germina

A proliferação do que contamina

Morrera pelo sonho já de partida

Ao ungüento nossa fiel sobrevida

Posto refrigere nossa desventura

Viver é mesmo esta desestrutura

Onde a promessa é coisa proibida

Talvez só o tempo tenha saída

A nós os cingidos segundos

Amores mais que profundos

A esperança em um canto caída

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 27/05/2010
Reeditado em 16/09/2010
Código do texto: T2282365
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