Vazio Cálix


Em mãos, houve um brinde! Cálix vazio...
Sorvido o vinho...Saciado o corpo,
Ficou a sede, nos lábios tremulam
As palavras que se perderam na volúpia

Nas asas da paixão, rubra e borbulhante
Mergulhou a alma e o gosto amargo
Tomou-me o corpo que em agonia
Vive à revelia da morte que chegou

Ontem verso vivo, hoje
Faço-me reverso e acompanho-me
Em brinde ao abandono que invisível
Enche o cálix nas noites sem amor!
elisasantos
Enviado por elisasantos em 29/08/2006
Reeditado em 30/08/2006
Código do texto: T228177