Predestinado
Predestinado
Eu lhe apaguei da minha memória
Rasguei as páginas da nossa história
Removi seus e-mails e poemas
Deletei nossas conversas e cenas
Como se nunca houvesse existido
Um tempo absolutamente perdido
Algo fadado a ser totalmente esquecido
Hiato eternizado que não pode ser preenchido.
Você foi um erro calculado
Eu sabia que ia dar errado
Mas tinha que lutar contra essa predestinação
Não me calar ante o destino e seu sonoro não.
Perdi, mas lutei com tudo que podia
Enfrentei a realidade e a louca fantasia
Aceitei e fiz coisas que jamais imaginei
Não adiantou, fui destronado, viva o novo rei.
Prefiro lhe esquecer a odiar
Perder-lhe a me enganar
Fingir sorrir a chorar
Nunca mais sequer lhe olhar.
Não quero mais ouvir nossa música nem sua voz
Nada, absolutamente nada que lembre que houve um “nós’
Nunca desejei estar tão errado
Virou pesadelo o velho sonho encantado.
Leonardo Andrade