Negro mar.

Quando perco o sono,

Sei que é hora de compor,

Esse mar negro pintado pela madrugada

Rabiscado pelas luzes de navios ancorados,

Lua e pequenos barcos.

Essa calmaria me assusta

Essa liberdade trava minha alforria

Do livre viver à espera do sono

Onde o jardim velho castigado pelo sol.

Vegeta de amores esperando o girrasol.

Durante o dia a cidade grande

Violenta de prazer

Traz os espinhos e as flores

Onde cada um escolhe o que na vida

Quer ser.Se eu pudesse eu esconderia

Até a minha vontade de viver

Só para sair à noite

E olhar o mar negro rabiscado

Pela lua e por mim

Concedendo todos os sonhos

E a liberdade de viver assim.

Debora Moreno

Debora Moreno Contadora de histórias
Enviado por Debora Moreno Contadora de histórias em 22/05/2010
Reeditado em 22/05/2010
Código do texto: T2273562
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