Sôfrega Decepção
Se é tormenta o sopro no ouvido
E acalma a já branda ousadia
Verdade será o que é vivido
E mentiroso o grito da boca arredia
Veja bem, amor, a correr na brisa
Indo embora teu sonho construído
Com a palma da mão macia e lisa
Acariciando o sorriso instituído
Mas que então, sob a prata da lua
Sobra a solidão e sua lástima
É por fim, reflexo da beleza crua
O olhar da amada e sua lágrima