Nunca mais
Eu vivia dos teus suspiros. Deitava nos sonhos que abrias para mim, a cada dia. Se fosse contar os sorrisos derramados, as lágrimas aliviadas, não voltaria a te querer, porque minha cota se esgotava rápido demais. Meu amor era teu, mas nunca realmente o tivestes. Por tua própria opção, que fique claro. Te atirei o livro dos meus sentimentos, mas não o abriste, cansado que estavas da nossa história tão mal escrita. Pego a borracha da desilusão e te apago de mim. Tiro a lembrança do teu corpo, do teu beijo, da tua caneca velha, do teu cheiro, da tua camiseta preferida, das tuas piadas sem graça e teu humor negro. Tirei teu nome da minha agenda, teu endereço do meu coração. Lavrei a nossa possibilidade de futuro. Chega. Nunca mais.