Harakiri

Desgraçada desta minh'alma que teima em sofrer

dias e noites

afastando-me de Deus sem limites

afrontando meus caminhos serenos, meus entardeceres...

Desgraçada e suja qual meu coração embriagado de espera

d'uma espera que se finda a cada instante

que faz-me menina, novamente...

que, em sí, sinceramente, espera um morto...

Um amor tão morto quanto os sonhos

os ideais que teimo não merecer

a vida, apartada e delirante,

chagada por tantos danos de amor...

Diz-me, rispidamente, se és tu

e se não és aquele por quem espero, digo adeus

mesmo morrendo entre teus dedos

em tua boca que fala-me tantas falsas conjurações,,,

Antes, mata-me rapidamente

cala-me para sempre

antes que seja eu obrigada a tal gesto profano...

Não perdoaria-me meu Deus...

Nunca...

Anna Beatriz Figueiredo
Enviado por Anna Beatriz Figueiredo em 15/05/2010
Código do texto: T2258417
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