NAU

Ás vezes nos sentimos pequenos
Às vezes a nossa vida
Não tem sentido nenhum
Ás vezes a gente espera
O que nunca vem.
O que não tem.
O que está tão sem.
Ás vezes parece que
Se está num trem.
Ás vezes sentimos
Que estamos a esmo
Numa nau sem direção.
Não se sabe se contra
Ou a favor do vento
Que ora é fugaz, ora suculento
Nos deixando ao relento
Ao sabor de momentos.
Ao dissabor de tempos.
Aos respingos do sereno.
Talvez seja melhor parar
Tanto de querer mais amar
Pois já não aguento esse escuro
Já não engulo mais fingimento
Resolvi! Vou pro mar
Vou andar, passear, versejar.
Morar no firmamento.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 14/05/2010
Reeditado em 15/08/2014
Código do texto: T2256042
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