Corrosão
A ferrugem corrói
o brilho das superfícies
as dobradiças da porta
a tranca da janela
os pregos e parafusos.
Corrói lentamente
minhas idéias mofadas
meus conceitos empoeirados
meus sonhos confusos.
Em meus cabelos
despontam fios brancos.
A pele do meu rosto começa a
exibir as marcas do tempo.
A intempérie desgasta
cruelmente minhas estruturas.
Aos poucos tudo se dissolve,
se consome, se desintegra
no porão escuro do passado.
Tudo tende a virar
óxido, pó, cinzas
e nos agarramos às coisas
como se fossem eternas.
A areia da ampulheta
escoa, grão a grão.
A corrosão avança
átomo a átomo,
tudo se desagrega
lentamente,
sem parar.
28/03/02
A ferrugem corrói
o brilho das superfícies
as dobradiças da porta
a tranca da janela
os pregos e parafusos.
Corrói lentamente
minhas idéias mofadas
meus conceitos empoeirados
meus sonhos confusos.
Em meus cabelos
despontam fios brancos.
A pele do meu rosto começa a
exibir as marcas do tempo.
A intempérie desgasta
cruelmente minhas estruturas.
Aos poucos tudo se dissolve,
se consome, se desintegra
no porão escuro do passado.
Tudo tende a virar
óxido, pó, cinzas
e nos agarramos às coisas
como se fossem eternas.
A areia da ampulheta
escoa, grão a grão.
A corrosão avança
átomo a átomo,
tudo se desagrega
lentamente,
sem parar.
28/03/02