Desilusão
Covardia, incrédulo, noite sem brilho
Um amor vadio
Que a mão não soube acalentar
E teus sonhos levaram
Numa briga de vai e vém
Armas e sangue no chão
Um corpo ali
Varreram a sujeira pro além
Sorriram na janela, tua desgraçada
Alma escorraçada por mentes vilãs
Teu choro sentado na calçada
Teu anjo, tuas asas vãs
Tardio instante que você apareceu
O fato estava consumado
Um amor doeu
Partiu do coração alado
Teus olhos estão vazios
Não há porque voltar pra casa
Cada móvel tão móvel
Escureceu na manhã seguinte
E ela ali quieta
Ofereceu-lhe um brinde
Para a morte que despertava discreta.