Avareza
Passado os dias de engano,
Imensas cobiças sem causa,
Dilúvio alto, e soberano,
E nostálgico, e sem pausa.
Este as lágrimas da face fria,
Refúgio do desejo morto,
Esperança extinta, e alegria,
Reatada em falso conforto.
E a lua das noites sem cor
Não mais beija a alvorada,
O oiro não brilha o amor,
É branco, e de paz desejada.
Penduram as regras certas
No núcleo de falsa verdade,
Findam as ambições incertas
A não se impor à vaidade.
A não se aplicar aos relógios
As horas por passar o tempo,
E por os fúteis necrológios
No finito do mesmo tempo.
(Poeta- Dolandmay)