ALMA DE POETA
Minha alma de poeta
caminha perdida
sempre impaciente
Parece que nada é capaz
de preencher esse vazio imenso
Por muitas vezes,
torno-me vítima de mim mesmo
sucumbindo em minhas próprias armadilhas.
A angústia é uma larva quente
derramada lentamente sob meu peito
jorrando impune de um vulcão permanente
Sou um homem que não se conhece mais.
Ando com os ombros caídos,
fitando o chão onde piso
enquanto uma alegoria psicodélica confusa
permeia meus pensamentos impuros.
Com tantos tons a serem vistos na vida
hoje, nada mais sou,
que uma pálida alma
convivendo com a sobrevida.