SONHOS  ADORMECIDOS



  E na certeza dos sonhos adormecidos
           Vem a surpresa dos desejos renascidos
             Sentimentos inertes brotam da ilusão
               Momentos inquietantes em confissão
 
    Como são   inúteis as salvaguardas
      A consciência grita sonhos sufocados
         Rebelam-se censuras bem guardadas
           Mostram-se demônios e seus pecados
 
 No silencio do imaginário reencontro
    Desvela-se uma realidade intangível
       Resvala-se na selva do desencontro
         Sabemos que esquecer é impossível
 
       Que realidade é essa? Que dor é essa?
          Quantos e tantos sonhos renegados
            Postergadas tantas sinceras promessas
              Um destino que nos foi dado e negado
 
                       Imaginários pecados
                         Reencontros negados
                           Esquecidas promessas
                             Dor que não tem pressa.