Cada dia novo, de novo
Pelo caminho vi música, riso, poesia
Tristeza e desencanto
Pobreza e doença
Vi também fantoches por sobre os palcos minúsculos
Máscaras sendo desbotadas ao sabor do vento frio
Mentiras sendo descobertas após mais um dia nascer
Vi dores, vi amarguras, vi nasceres do sol, vi ondas se quebrando
Nessa vida de ironias extremas, vi crianças sorrindo e velhos chorando
Todos com motivos, todos sem motivo
A expressão no rosto é sempre a mesma
A decepção com a vida é inevitável
Mesmo assim, entregar-se - jamais
Basta viver para querer acordar todo novo dia de novo
Para tudo de novo acontecer