Miragem

Onde está a amnésia no momento em que a procuro?

Será que ficou em meu quarto nas lágrimas que derramei?

Nunca hei de enxergar preso a esse denso escuro,

Quero esquecer que um dia eu te amei.

É o mesmo que gravar em pedra de argila

E editar com tinta-óleo em pele de carneiro,

Pois tua imagem linda ainda desfila

No universo de meu sentimento verdadeiro.

Mas se nunca, em minha vida, ter-te de volta como sonho,

Morrerei a míngua em sentimentos alheios

E não hei de sentir, a não ser nos versos que componho,

As suspensões dos pesadelos e as emoções que tanto anseio.

Eduardo Costa
Enviado por Eduardo Costa em 21/08/2006
Código do texto: T222018