FOLHAS MORTAS
 
Estendo as mãos e encontro um vazio
Faz um silêncio gutural, são as folhas
Esvoaçando perplexas, e carregadas
Num turbilhão de caminhos para o rio!
 
Já estão quase mortas, e lá no rio
Sufocam em lágrimas, um dia foi vida
Hoje são restos de uma árvore sem alegria
Soma-se a outras tantas, e no redemoinho!
 
Encontro tantas aves a voar
Num voo solitário, o céu é escuro
E nem as estrelas aparecem! Sentido!
 
Sentimento se apodera da alma
Que circunstâncias a vida vai desenrolando
Enigmas sem explicação, apenas nos rendendo!
 
Fhatima
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