DESILUSÃO
Trago no peito um amor doído e puro
que foi pisado, entre as folhas já caídas
tão envolvido estava
e no abandono,
se fez outono...
sem cor, sem vida.
Trago no peito essa dor, fria e calada
que pelas tardes mais escuras se esconde,
não diz mais nada
embarga a fala
triste se embala
nem me responde.
Trago aqui dentro essa angústia presentida,
que sem sentido no meu peito fez morada,
espera o inverno
gelo presente
só: se ressente...
fria e calada
Trago comigo um descaminho, um desencontro
que num repente, sobreveio na estação,
folhas que caem,
tons cinzentos,
maus momentos...
...desilusão.