Busco uma porta

Eu arranjo uma balada.

Em que ninguém veja nada

Todos andam tão perdidos

Que balidos rimam com latidos

Busco uma porta para uma rua

Que não atravessa por muitos lugares

Se não me veem, eu não ligo

E não cumprimento velhos colegas

Eu não espalho uns mistérios

Como quem não ama ou não sorri

Na disposição mais acomodada

Pois dois amores nunca se procuram

Nossas vidas geram desavenças

Formam um só diamante descrente

Aprendi tantas originais expressões

E tornei tantas outras sem noções

Eu preparo um anti - poema

Que tire o sossego dos homens

Também não adormeça as crianças

Mas não abandonem as mulheres

Na maioria das vezes, só rimam com colheres.

Isa Piedras(21/04/2010)

PARAFRASE DE Canção amiga

Carlos D. de Andrade

Marisa Piedras
Enviado por Marisa Piedras em 21/04/2010
Reeditado em 04/09/2024
Código do texto: T2209965
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