Não sirvo pra você

De mim sua procura anda esquecida.

Do que fui não sirvo, do que sou não basta.

E vasta é a indiferença que de seu peito escorre,

enquanto me ajeito como quem ainda socorre

aquilo o que morre sem vista de cura.

Quando quer, sente-se segura.

Adentra meus espaços sem pedir licença.

Vasculha minha mente, joga fora o desejo.

Apaga minha luz por um mínimo lampejo,

e jamais saberei o que você pensa...

O que quer que eu faça soa como ofensa.

Eu fui feito para horas de um querer disponível...

como pode agir assim comigo, dessa maneira,

fazendo de brinquedo o amor de uma vida inteira

e desprezando esse achado por melhor recompensa?

KAI PIERROT
Enviado por KAI PIERROT em 12/04/2010
Reeditado em 09/04/2013
Código do texto: T2192333
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