MEUS MEDOS
MEUS MEDOS
São enormes diante da escuridão,
Que me cerca nas ruas da solidão.
Meus olhos tudo enxergam,
Entre as sombras e os fantasmas,
De quem está perdido na teia,
Imperfeita da mentira e desilusão.
Me sinto indefesa, desprotegida,
Com medo da dor, de ser atingida.
Por dardos envenenados,
Fatais mordidas de víboras
Que se arrastam escondidas
Pelos pântanos dissimulados.
Na massa de pensamentos
Recalcados nas profundezas
De mim mesma.
Vivo momentos de horror.
É tão forte e compacta a dor.
A luz se apagou? O mundo se acabou?
Não, sou apenas vítima do conflito
Humano que vive em mim.
Meus medos se manifestam,
Nas incontáveis impressões,
Registradas em meu espírito.
Tentando atravessando as barreiras,
Que encontram em minha mente.
Vão apertando-me as entranhas,
Na tentativa cheia de manha
De possuir-me por inteira.
Eles se entrechocam, abalando
Minhas estruturas, revirando-me
A alma que logo se acalma,
Ao encontrar a luz do Criador.