MEUS MEDOS

MEUS MEDOS

São enormes diante da escuridão,

Que me cerca nas ruas da solidão.

Meus olhos tudo enxergam,

Entre as sombras e os fantasmas,

De quem está perdido na teia,

Imperfeita da mentira e desilusão.

Me sinto indefesa, desprotegida,

Com medo da dor, de ser atingida.

Por dardos envenenados,

Fatais mordidas de víboras

Que se arrastam escondidas

Pelos pântanos dissimulados.

Na massa de pensamentos

Recalcados nas profundezas

De mim mesma.

Vivo momentos de horror.

É tão forte e compacta a dor.

A luz se apagou? O mundo se acabou?

Não, sou apenas vítima do conflito

Humano que vive em mim.

Meus medos se manifestam,

Nas incontáveis impressões,

Registradas em meu espírito.

Tentando atravessando as barreiras,

Que encontram em minha mente.

Vão apertando-me as entranhas,

Na tentativa cheia de manha

De possuir-me por inteira.

Eles se entrechocam, abalando

Minhas estruturas, revirando-me

A alma que logo se acalma,

Ao encontrar a luz do Criador.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 11/04/2010
Código do texto: T2190885
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