Tempo

Avante, Cronos! Vá!

Que nada te impeça

em tua vil jornada.

Rasga o céu, a lua,

a face das donzelas,

o coração do trovador.

Avante, Cronos! Vá!

Não deixes a lágrima

do homem te parar.

Eu sei que não vai.

Fazes apenas teu trabalho,

e nisso não há erro.

O tal erro é nosso,

de sempre esperar demais do tempo.