Amor manchado
Sou o amor amado a força
Desejado com frutos de damas noturnas
Desmamadas prematuramente de seus donos maritais
Deixadas com a mera borra lactante
Sem natureza, com dolo e tingidas da mera rigidez da fidelidade
Dói-me a calma, me adoça a alma
Pasmo, me tomo a fugir de seus grilhões
Lá o covil das damas é perfeito
Inebriadas estão às portas com olhares pensantes
Meu corpo queima ao fugir como uma gazela branca
Trincheiras colocam a minha volta
Com falácias maldosas como estórias
Delas não se mofam, Delas se maldizem
Quando querem suas presas, colocam a tocaia da sensualidade
Retrucam o não com a paga perfeita, seguida da bonança maldita
Digam-me as raízes amargas delas
Quebrarei como se gelo fosse
Para sentir o derreter de suas maças do amor
Meus dentes delas ficarão livres
Poderei amar quem quero amar
Garoto de paga não o sou mais
Apenas a beleza e a sutileza da cadência máscula ainda me seguem
Mais ela é de outra, a prometida com duetos rosados
Ao relento sangrento ficam as damas a chorarem aos ruídos do vento
Cuidado com o manchado amor e suas raízes amargas