DE MENTIRA
Que privilégio foi aquele que tantos tiveram... menos eu.
Que tantos experimentaram... menos eu.
Que tantos prolongaram... menos eu.
E o que foi vivido no âmago,
que desfez os equívocos de uma mesma mentira?
E o que despertou o calor da ira,
que agora afaga a desesperança?
Que exclusividade foi aquela que abrangeu o mundo,
que afundou meus planos num poço sem fundo,
presente contínuo de outra amarga herança?
Será que ainda não percebeu, amor meu,
que quem tanto engana, um dia, também "dança"?