Desilusão*
De mim,o que quiz a vida?
Se o tempo nada me diz.
Feliz, sonho adormecida,
Acreditando no que fiz.
A surpresa de pouco fazer,
Ao acordar da ilusão,
E triste,os cabelos brancos ver,
Que os sonhos foram vãos.
Tristonhos vincos na face,
Refletem a esperança perdida,
Que vão na brisa que estremece,
Sem mais sonhos ter na vida.
Nessa mistura,de sonho e vida,
Me pesa a alma e o coração.
E jovem,pela manhã a vida
Me encontra cansada e envelhecida.
É que sonhei tanto,e vivi tão pouco,
Que não amei o sonho dos sofredores,
Às angústias dos que tem tão pouco,
A beleza dos que me deram flores.
Alzira Paiva Tavares
Tamandaré 03/04/2010