Desatino

Tarde demais e eu nem sabia

A Manhã subia lenta

E os olhos vazios da morena

Dançavam fora de tempo

Sua sombra na parede

Diminuta a cada instante

E uma nota dissonante

Na garganta do poeta

Meu coração pedra mó

Remoendo o desencanto

Acelerava o meu peito

De desventura e de espanto

Em cada canto uma história

Pedindo pra ser contada

E em cada conto uma conta

Que o desatino cobrava

Você sumiu tão depressa

Que antes que eu respirasse

Nem migalhas de perfume

No vento solto ficava

Ah se eu tivesse a viola

Era ela que chorava

Eu só fazia u'a cantata

Dessa vida violada

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 03/04/2010
Reeditado em 08/04/2010
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