por causa de você

por causa de você
a cada dia parece que deixo de ser que sou de verdade
entro em um mato obscuro
em um livro negro com eu sempre quis estar
exceto pelo fato de não saber que já estou nele

soco sua face sem você saber
bebo seu sangue sem te humilhar
ouço essa musica composta sob ossos secos
em uma fria tarde de inverno
como caem flocos de seu cheiro podre sobre mim
em meus pensamentos
em minha mente
galgando sobre meus pés
meus nervos em forma de intensos impulsos elétricos a toda a hora
minhas unhas prontas pra te arranhar

e eu já não sei mais quem sou
vivo ou não vivo

mas eu creio que sei sim quem sou
com dor ou sem dor
com medo ou se atirando por aí
me vendendo ou se dando mesmo por pouco dinheiro

te odeio
te quero
te perdôo
te tenho
te vejo no próximo vidro de conserva em vinagre puro
te vejo caído
e do alto de meu 1.83
aceno a você...
e com meu símbolo em mãos
domino você e os seus....
-para o Bem ou para o Mal, interprete você como interpretar-
que assim seja.
e assim será
por onde o Tempo terminar ou o infinito findar.
Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 15/08/2006
Código do texto: T216735