NÃO AMO, NÃO SOU AMADO

O vazio é um fardo.

É o nó que não desata.

A sensação do nada

que perdura.

Sinto-me vazio.

Vivo numa vida fria

de emoções ausentes,

e mesmo os dias de sol,

são dias pálidos

que se arrastam pelo tempo.

Afora minha condição paterna

ao meu lado não há ninguém

que me lembre do que é o amor.

Na mais paupérrima das situações

Não amo,

e não sou amado.

Às vezes me sinto tão só

quanto um punhado de areia no deserto.

A felicidade parece ter a mesma proximidade

do azul do céu que a tudo cobre.

As lembranças açoitam meus ombros

tal qual o vento cortante das noites intermináveis.

Meus maiores prazeres

estão nas passadas

de minhas corridas de rua,

e nas viagens que faço

em cada páginas dos livros que leio.

A verdade seja dita:

virei passageiro

de minha própria vida.

Deixei que a vontade alheia

seja a condutora

rumo à direção dum lugar

que não quero chegar.

Deep Blue
Enviado por Deep Blue em 26/03/2010
Código do texto: T2160673
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.