Da Alma

Talvez eu tenha feito você,

Te moldado à minha imperfeição.

Abandono-te agora à sua própria mercê

Meu ser já livre de qualquer emoção

Percebo que é apenas uma criança

Tão assustada que me deixa doente.

Quando eu for apenas uma lembrança

Indo e voltando em sua mente,

Cairá nas suas próprias sombras.

Se não precisa de nenhuma ajuda

Não tente minha alma penetrar

E torna-la desnuda

A teus prazeres adestrar.

Me sinto livre e serei!

Liberta pra sempre dos braços egoístas,

Que em minha obsessão me aprisionei

Crendo serem altruístas...