VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO.............
Você não tinha o direito! Não você não tinha!
Não foi certo, mas melhor assim.
Melhor agora, no início, no comecinho!
Você não tinha o direito de brincar assim.
Era tudo perfeito demais.
A porta estava se abrindo, devagar, mas se abria!
E tive que fecha-la num supetão.
Tinha que forçar a porta para fecha-la e novamente esconder a chave.
E novamente voltar para dentro e ali me esconder.
Tive que empurrar você pra fora e ali lhe deixar.
Tive que varrer até a fina poeira do seu calçado.
Tive que lavar o corpo, as roupas, os lençóis para expulsar suas marcas.
Tive que banir você.
Você não tinha esse direito!
Agora restruturo a minha vida sem você.
O que me propões?! Migalhas?! Frações?! Porções?!
Não sou intensa demais pra momentos!
Sou inteira demais pra divisões!
Agora me despeço e fecho a porta.
Sigo com o coração acelerado e o olhar elevado.
Sim sigo de cabeça erguida, de andar altivo!
Sinto seu olhar a me acompanhar, mas não olho pra trás.
Sigo e apenas lhe digo: VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO.............