Flor de pedra
Flor de pedra
Antes de achar-te eu te perco
dentro do meu próprio peito...
assustado!
Teu carinho me cobre de plumas,
carnavalhando minha alma,
saudando um amor difícil.
Escrevo-te agora o meu mais lúcido poema de amor,
entre essas gotas secas de tua ânsia
e o grito amargo do nosso desamor.
És a flor da pedra e de pedra.
Tua idade dorme atrás de um tempo velho
que não é meu.
Se não mais me quiseres teu,
deixa-me ser esse amante solitário
que preferiu ser do mar, seu incendiário
e do amor, esse tolo traído de tudo.