...E NEM ME RESTOU TEMPO DE ADEUS!

ESSE CÉU

QUE SE TURVA

E ME TOMA.

E ME TORNA REFÉM.

DE UMA FANTASIA

DE SOLIDÃO

DE ONDE IR.

E NADA ENCONTRAR.

BUSCAR MAIS UMA VEZ.

E VER RELEGADO SEU SENTIMENTO

AO RÉS.

NÃO ADIANTA MEU GRITO,

MEU UIVO, MEU VAGIDO DE DOR...

VOCÊ NÃO ME OUVE,

ME DESCONHECE.

CHORO

E POSSO GRITAR,

ME DESCORTINAR,

ME DESVIRTUAR

NESSA MISÉRIA DE NOITE.

SOU SÓ DESESPERANÇA

E A SOLIDÃO,

MEU TRÁGICO ALGOZ,

ME CUMPRIMENTA,

ÁCIDO E OCRE,

A ME IMPELIR À MORTE...

VOU, PARTO

E NEM ME RESTOU TEMPO DE ADEUS!

MARIO WERNECK
Enviado por MARIO WERNECK em 19/03/2010
Código do texto: T2148285
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