No silêncio angustiante do meu coração
De tão intenso sinto estranhos calafrios
Revejo meus monstros grandes e vazios
Consumida me faço esta confissão
            
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Me vejo numa jornada de desamor
Vivo de pedaços de migalhas e lamentos
Livro de uma história de desapego sem cor
Sem pretexto me abandono neste tormento
E a verdade me olha como um predador 
       
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Do amor só vivo as manhãs quentes
Do amor só sobram migalhas eu relato
Antes como filha irmã ou adolescente
Depois, como adulta vivida e experiente
Reconheço insisto não disfarço
O amor nunca me quis completamente

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